ES é o 15º do país com o maior número de indenizações por acidentes de trânsito
07 de Fevereiro de 2014 às 09:07 por Wéverton Campos (redação@eshoje.com.br)
Foto: Divulgação
Durante a palestra, que teve intermediação da Banestes Seguros e durou quase três horas, Ramalho explicou um pouco sobre o trabalho do Observatório, que é considerado uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sendo reconhecido, portanto, pelo Ministério da Justiça. A instituição possui quatro eixos de atuação: estudos e pesquisas, dados e informações, educação e advocacia.
O Observatório basicamente funciona por meio das constatações populares. “Tudo o que a gente ouve falar, nós fazemos estudos para ver se a fala é comprovada e pleiteamos mudanças na legislação de trânsito”, disse Ramalho. Entre as várias lutas da organização estão impedir a venda de motocicletas para pessoas que não possuem carteira nacional de habilitação (CNH), melhorar a qualidade na formação de novos condutores, aplicação de testes psicotécnicos inclusive no momento de renovar a CNH e redução de impostos sobre os itens de segurança para motociclistas.
No encontro, José Aurélio Ramalho fez inúmeras críticas ao modelo de trânsito vigente que, segundo ele, não tem estratégia e que, muitas vezes, favorece a indústria automotiva, dificulta o trabalho dos órgãos fiscalizadores e é alvo de corrupção como, por exemplo, no caso de empresas que são contratadas para instalar placas com material retrorefletido, mas que não o fazem adequadamente. Os anseios do Observatório Nacional de Segurança Viária vão de encontro a uma legislação muito mais dura para os infratores e um processo de educação e conscientização dos brasileiros muito mais eficiente.
Foto: Reprodução da web
Levantamento da ONSV aponta que são necessários 527 anos de mortes provocadas pelo vírus H1N1 para que se mate a mesma quantidade de pessoas que o trânsito no Brasil em apenas um ano. Em todo o país, há cerca de 400 mil sequelados por ano devido aos acidentes de trânsito.
O Espírito Santo é o 15º estado do país com o maior número de indenizações por ocorrência de acidentes, de acordo com dados recolhidos de 2011 ao terceiro trimestre de 2013. Considerando o mesmo período, o número de casos de invalidez chega a 758 – número 36% maior que o índice de indenizações por morte, equivalente a 485.
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